domingo, 4 de junho de 2017

TERRORISMO E MEDO

Continua o terrorismo, o ódio, a violência sempre injustificada. Olho Londres, essa cidade de que tanto gosto, os lugares onde fui imensamente feliz, e a raiva revoltada cresce. Porquê?! A responsabilidade não é de Alá, de Deus, ou seja lá qual for a divindade que queiram invocar. Não me convencem os argumentos de que os cristãos, no movimento das cruzadas, fizeram o mesmo. Era outro mundo, era outro saber (ou não saber) eram outras circunstâncias. O que vejo, hoje, são jovens que procuram a morte matando, movidos por fraquezas, por inadaptações diversas, por maldade manipuladora e gritante. 
Sou professora e tenho medo. Como explicar às crianças, aos jovens, este fenómeno em que se tornou o terrorismo? Como explicar as contínuas mortes no mediterrâneo, afinal outra forma de terrorismo da responsabilidade de tantos actores? Olho com medo físico aqueles com quem me cruzo, abraço os meus netos com a angústia que o pânico provoca. 
Que mundo é este? O que fizeram do nosso mundo e, mais grave, o que continuamos nós a permitir que façam da humanidade que integramos? Uma vez mais, penso que a educação tem responsabilidade. É urgente educar pessoas, muito mais do que instruir criaturas. É tempo de trabalhar valores, de dar o exemplo do Amor, da entrega ao outro, da Liberdade e do respeito. É tempo de substituir a Escola dos testes e da segregação. Urge incluir, trabalhar o direito à diferença e respeitar a tal Pessoa que mora em cada aluno... Nietsche falava no Novo Homem. Está a acontecer, mais de 100 anos depois do anúncio?
Olho as notícias que me chegam de Londres e penso que há muito para fazer. Acredito que é possível fazer alguma coisa! 
Talvez, nesta loucura de dinheiro e tecnologia, tenhamos esquecido de que massa se fazem os humanos. Talvez ainda seja tempo de  construir um mundo possível!

1 comentário:

  1. Daqui a pouco mais de um mês vou para esses lados e não queria ter medo, mas parece-me difícil, mesmo depois da P me dizer que pela lei das probabilidades é mais fácil ser abalroada por um camião qd vou a caminho de Lisboa do que ser surpreendida por um ato destes!! Será? Em tudo entra a matemática mas não sei se me sinto segura.

    ResponderEliminar